A separar Brazzaville (capital da República do Congo) e Kinshasa existe o Rio Congo, também conhecido por Rio Zaire.
Trata-se de um rio enorme, o segundo maior de África (depois do rio Nilo) e desagua, lá mais para a frente, no Oceano Atlântico, onde forma a fronteira entre RDC e Angola.
Apesar de ser "apenas" o sétimo maior rio do mundo este é um rio muito particular pelo seu fantástico caudal. Só para se ter uma noção do volume de água que transporta basta dizer que recebe as águas do Lago Tanganica e de outros tantos rios, formando as Quedas de Livingstone na Zâmbia e Zimbábue, sendo o único rio da Terra que atravessa duas vezes a linha do Equador, o que representa estar o ano inteiro a ser alimentado pela época de chuva das regiões por onde passa.
Também aqui os portugueses deixaram a sua marca: o navegador Diogo Cão, em 1483 foi o primeiro europeu a chegar a este rio.
Trata-se de um rio enorme, o segundo maior de África (depois do rio Nilo) e desagua, lá mais para a frente, no Oceano Atlântico, onde forma a fronteira entre RDC e Angola.
Apesar de ser "apenas" o sétimo maior rio do mundo este é um rio muito particular pelo seu fantástico caudal. Só para se ter uma noção do volume de água que transporta basta dizer que recebe as águas do Lago Tanganica e de outros tantos rios, formando as Quedas de Livingstone na Zâmbia e Zimbábue, sendo o único rio da Terra que atravessa duas vezes a linha do Equador, o que representa estar o ano inteiro a ser alimentado pela época de chuva das regiões por onde passa.
Também aqui os portugueses deixaram a sua marca: o navegador Diogo Cão, em 1483 foi o primeiro europeu a chegar a este rio.
Naquele tempo não deveria existir ferry para atravessar para a outra margem e por difíceis aventuras deve ter passado o português, sendo que nós tínhamos tudo mais facilitado, ou talvez não...
Bem, resumindo a minha experiência devo dizer que foi um dia sofrido.
Eis o que se passou naquele dia:
- Hora de chegada ao cais de embarque para comprar bilhete e despachar todo o processo de migração (do outro lado fica Brazzaville, capital do Congo e o burocrático, para dizer no mínimo, processo de saída da RDC faz-se ali): 8:30H
(tive a sorte de estar acompanhado primeiro pelo Olivier que é francês e portanto a língua é comum com a dos nativos e ainda de um dos guardas do Paulo, o amigo que conheci em Kinsasha, que nos acompanhou em todo o processo e o "facilitou" de certo modo)
- Hora de entrada no ferry (isto depois de comprados os bilhetes certos pois inicialmente, depois de muito tempo, venderam-nos os bilhetes para um barco pequeno onde as motas obviamente não cabiam. Depois de tentar restituir o valor pago pelos bilhetes, comprámos outros e despachámos os papéis na migração): 12:30H
- Hora de chegada ao cais de embarque para comprar bilhete e despachar todo o processo de migração (do outro lado fica Brazzaville, capital do Congo e o burocrático, para dizer no mínimo, processo de saída da RDC faz-se ali): 8:30H
(tive a sorte de estar acompanhado primeiro pelo Olivier que é francês e portanto a língua é comum com a dos nativos e ainda de um dos guardas do Paulo, o amigo que conheci em Kinsasha, que nos acompanhou em todo o processo e o "facilitou" de certo modo)
- Hora de entrada no ferry (isto depois de comprados os bilhetes certos pois inicialmente, depois de muito tempo, venderam-nos os bilhetes para um barco pequeno onde as motas obviamente não cabiam. Depois de tentar restituir o valor pago pelos bilhetes, comprámos outros e despachámos os papéis na migração): 12:30H
- Hora de partida do ferry (tratam-se efectivamente de 3 barcos unidos; o ferry que fazia o transporte de carros está avariado há alguns meses): 13:30H
- Hora de chegada ao cais em Brazzaville (cais esse que fica uns vinte metros acima do nível da água): 14:15H
- Hora em que as motas estavam postas no cais: 15:30H
(ao chegar a Brazaville começou a confusão. Milhares de pessoas saiam do barco transportando como podiam a sua mercadoria; milhares entravam com a sua mercadoria; algumas dezenas gritavam-nos que nos iriam ajudar a tirar dali as motas, outras centenas olhavam-nos lá de cima, do nível do cais, não acreditando que fossemos tentar a sorte; um indíviduo da migração pedia-nos os passaportes. Tudo isto se passava connosco dentro do barco atento às motas para que não desaparece-se nada, gritando um para o outro para nos fazermos ouvir e suando por todo o lado.
Eu estava pronto para regressar a Kinshasa pois parecia-me tarefa impossível fazer subir a mota 20 metros, primeiro por uma chapa metálica que fazia deslizar qualquer pessoa que por lá tentasse passar, tendo em conta o risco de o barco se mover um pouco e a mota cair ao rio, ficando então entre a doca e o barco e depois, ainda mais inclinado por uma rampa de blocos de pedra.
Depois de muita indecisão o Oliver resolveu tentar e, com a ajuda de mais de vinte pessoas, formando uma "corda humana", e a cantar para ajudar ao enorme esforço, conseguimos colocar a mota do Olivier onde queríamos.
Seguiu-se a Miss Africa e para esta "pesadona" mais homens vieram. No final tudo se consegui.
Eu estava pronto para regressar a Kinshasa pois parecia-me tarefa impossível fazer subir a mota 20 metros, primeiro por uma chapa metálica que fazia deslizar qualquer pessoa que por lá tentasse passar, tendo em conta o risco de o barco se mover um pouco e a mota cair ao rio, ficando então entre a doca e o barco e depois, ainda mais inclinado por uma rampa de blocos de pedra.
Depois de muita indecisão o Oliver resolveu tentar e, com a ajuda de mais de vinte pessoas, formando uma "corda humana", e a cantar para ajudar ao enorme esforço, conseguimos colocar a mota do Olivier onde queríamos.
Seguiu-se a Miss Africa e para esta "pesadona" mais homens vieram. No final tudo se consegui.
Estávamos finalmente no Congo.
- Hora em que nos despachamos da migração da Republica do Congo: 16:45H
- Hora em que "aterrámos" no hótel HippoCamp em Brazzaville: 17:00H
Partilho com todos algumas das imagens que ficaram daquele dia e um pequeno vídeo que fiz depois de as motas estarem postas no cais do lado de Brazzaville.
- Hora em que nos despachamos da migração da Republica do Congo: 16:45H
- Hora em que "aterrámos" no hótel HippoCamp em Brazzaville: 17:00H
Partilho com todos algumas das imagens que ficaram daquele dia e um pequeno vídeo que fiz depois de as motas estarem postas no cais do lado de Brazzaville.
Durante a espera ainda em Kinshasa a "brincar" com a polícia portuária
Recordações de uma travessia inacreditável
Vista do desnível entre o ferry e o cais; confusão total
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