Saindo na manhã seguinte de Calulo em direcção a Mussende pareceu-nos fácil esse percurso marcado no mapa e quem sabe até poderíamos alcançar o Kuíto nesse mesmo dia.
Tivemos mais uma lição: não confiar nas "estradas" marcadas no mapa. Umas poderão estar cortadas, outras poderão estar inacessíveis e outras poderão ser mesmo um "inferno".
Tantas horas de picada levaram-nos ao limite
A "estrada" que nos calhou foi um autêntico teste a nós e às nossas motas e até chegar a Cabezo (vilazeca a caminho de Mussende) foram várias as quedas, sempre com muito capim, insectos e calor.
No meio de tudo isso ainda vivemos aventuras engraçadas como o contacto que tivemos com alguns locais em várias aldeias, a boleia que dei ao Soba de uma aldeia até à sua casa (5 km adiante) e várias paisagens mágicas.


"Chefe" Soba à boleia
Acabei por dar uma queda mais "forte" já a meio da tarde que deixou o motor a "babar" óleo, obrigando-nos a encurtar a viagem e a rumar a um novo destino. Chegámos à Gabela às 8 da noite depois de uma das viagens mais duras das nossas vidas, com máquinas, fatos e físicos exaustos e a precisar de descanso.

"Tia" numa aldeia perto de Cambombo